sexta-feira, 14 de setembro de 2012

AMOR PLATÔNICO


Anseias por meus beijos,
Torces por meus desejos,
Lamentas minhas crises.

Vives minha vida,
Adormeces com meus sonhos,
Acordas sem saída.

Desejas minha morada,
Controlas minha chegada,
Desvendas meus segredos.

Desnudas meu corpo,
Como se, tê-lo, fosses,
Em um delírio torpe.

Tanto amor sem destino,
Entrega-o a outro ser,
Que possa também te querer.

Libertas deste sentimento,
Dá consentimento,
Ao seu pobre coração.

Que livre deve estar,
Pra outro alguém encontrar,
Deixar nascer outra paixão.


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