terça-feira, 3 de junho de 2014

DIA DOS NAMORADOS SEM INTERNET

12 de junho de 1980...

Meu primeiro e único namorado. Naquela época não haviam ficantes. Fui pedida em namoro, em noivado, em casamento. Não namorei sob a supervisão da mamãe como no tempo dela, mas, não podia chegar muito tarde. A vida era mais simples, mais tranquila, mesmo no Rio de Janeiro.

Nos conhecemos pelo telefone. Ele havia acabado de chegar do interior de Minas Gerais para tentar a vida na cidade grande. Eu estava começando meu curso de direito, cheia de planos para o futuro.

Ele, amigo de uma prima, por parte do meu pai, que morava em sua cidade. Havia nos convidado para padrinhos de seu casamento que iria se realizar no final do ano; por isso o telefone; queria me conhecer pessoalmente.

Marquei o encontro em minha casa, alegando que não iria me encontrar na rua com um estranho. O horário era às 14:00 horas, mas, o cara de pau chegou às 9:00 horas para pegar o almoço. - Precisava de um lugar para almoçar, como diz, me gozando.

Quando minha prima casou, estávamos com sete meses de namoro.

Mas, voltando ao primeiro dia dos namorados... Não tínhamos nem um mês de namoro, não nos conhecíamos ainda. Comprei um perfume e deixei guardado, para o caso de ganhar alguma coisa, aí teria como retribuir. Havia comentado com ele, algo sobre gostar de bichinhos de pelúcia. Ganhei um "trambolho" de um cachorro que não cabia em meu pequeno quarto, que dividia com minha tia-avó.

- Que lindo! - disse com cara de despontamento.

Retribuí com o presente que havia comprado. Depois de conhecê-lo melhor, descobri que ele não gostava de usar perfume.

Após três anos de namoro, subimos ao altar. Éramos ainda muito jovens e sem internet.

O amor não era virtual. Tinha que ter pegada; era face a face, de mão na mão, beijos no escurinho do cinema; dançar coladinho ao som de uma música romântica, ao invés de cada um para o seu lado ao som de um funk qualquer.

Sei que os mais jovens irão dizer: - que namoro da idade da pedra! - É assim que a minha filha diz; mas, eu digo que o amor não envelhece; é sempre jovem, será sempre romântico e repleto de poesia.

Em 12 de junho de 2014 iremos completar 34 "dia dos namorados" e eu ainda prefiro comprar o presente que ele vai me dar, para não ser surpreendida por um imenso cachorro de pelúcia, um jogo de manicure ou um colar de pedra roxa, quando havia "cantado" um de pedra azul.

Mas nesses 34 anos, ainda somos namorados, amantes, amigos, apaixonados.

Sem problemas? É claro que não! Mas, todos contornados pelo AMOR.

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