sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

REENCONTRO

QUALQUER DIA...
NÓS NOS ENCONTRAREMOS.
TALVEZ EM UMA ESQUINA,
NA RUA DO INFINITO.

VOCÊ VAI ME OLHAR ESPANTADO,
COMO SE NUNCA TIVESSE ME VISTO.
VOCÊ, ME PARECERÁ ESTRANHO,
COMO ALGUÉM QUE NUNCA CONHECI.

NO SEU ROSTO HAVERÃO MARCAS
QUE MOSTRARÃO TODA SUA VIVÊNCIA.
E EU, JÁ NÃO SEREI
A MENINA QUE VOCÊ CONHECEU.

FALTARÃO PALAVRAS PARA NOS EXPRESSAR;
FICAREMOS EM SILÊNCIO POR UM MOMENTO.
ATÉ QUE VOCÊ MEIO CONFUSO DIRÁ:
- COMO VOCÊ CRESCEU!

MAS, ESTAREMOS TÃO DISTANTES,
QUE O DIÁLOGO TORNAR-SE-Á
DIFÍCIL DE SE ENTENDER.

ATÉ QUE A NOSSA CONFUSÃO,
FINGIRÁ DESFAZER-SE;
E EU DIREI QUE FOI BOM TÊ-LO ENCONTRADO;

E NÃO AGUENTAREMOS O ABISMO,
QUE SE FORMOU ENTRE NÓS;
SEGUIREMOS CAMINHOS OPOSTOS.

EU O VEREI DOBRAR A ESQUINA,
E VOCÊ DESAPARECERÁ NOVAMENTE,
TÃO RÁPIDO, COMO NOSSO AMOR.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

quinta-feira, 17 de setembro de 2015


Outras Vozes
Lançamento
 O escritor Plínio Camillo lança o seu mais novo livro, a coletânea de contos sobre o negro escravizado no Brasil
Dia: sábado, 3 de outubro de 2015.
Local: Galeria Olido – Avenida São João, 473 - Centro, São Paulo – SP
Horário: das 18 às 22hs
Investimento: R$45,00 (Quarenta e cinco reais)
Edição Original: 2015
ISBN: 978-85-69013-03-7

Editora: 11Editora (www.11editora.com.br - 14 3032-2513)

Plínio Camillo dá voz aos negros escravizados
 Autor mistura ficção e fatos históricos em contos sobre a escravidão brasileira
 Madalena nasceu sem os braços, mas atinou que depois de abraçar as pessoas com as pernas, boca e ouvido, as criaturas ficavam felizes. A escrava ganhou fama. Frei João da Luz chegou a contar que no meio daquele abraço tinha visto a verdadeira face de Cristo. Sua história e muitas outras estão em Outras Vozes – contos sobre o negro escravizado no Brasil, do autor Plínio Camillo.
O livro está em pré-venda no site da 11 Editora, com 10% de desconto, de R$ 45,00 por R$40,50 (www.11editora.com.br

segunda-feira, 9 de março de 2015

ENIGMA

QUANTA DOR,,,
PORQUÊ, É UMA PALAVRA INCERTA,
QUE TRANSCENDE O INVISÍVEL,
NOSSO QUERER TORNA-SE IMPOSSÍVEL,
NOSSA RAZÃO TORNA-SE INQUIETA.

O QUE SOMOS?
NINGUÉM CONSEGUE DEFINIR
O ESPAÇO QUE RESIDE AQUI;
NEM LÁGRIMAS CONSEGUEM AFUGENTAR,
ESSE MEDO DE SONHAR.

NADA É ETERNO...
VEM E VAI , COM UM FECHAR DE OLHOS.
O QUE ONTEM PARECIA ROCHA,
HOJE NÃO PASSA DE UMA LEVE PLUMA,
QUE O VENTO SOPRARÁ PARA LONGE...
MUITO LONGE...

terça-feira, 3 de junho de 2014

DIA DOS NAMORADOS SEM INTERNET

12 de junho de 1980...

Meu primeiro e único namorado. Naquela época não haviam ficantes. Fui pedida em namoro, em noivado, em casamento. Não namorei sob a supervisão da mamãe como no tempo dela, mas, não podia chegar muito tarde. A vida era mais simples, mais tranquila, mesmo no Rio de Janeiro.

Nos conhecemos pelo telefone. Ele havia acabado de chegar do interior de Minas Gerais para tentar a vida na cidade grande. Eu estava começando meu curso de direito, cheia de planos para o futuro.

Ele, amigo de uma prima, por parte do meu pai, que morava em sua cidade. Havia nos convidado para padrinhos de seu casamento que iria se realizar no final do ano; por isso o telefone; queria me conhecer pessoalmente.

Marquei o encontro em minha casa, alegando que não iria me encontrar na rua com um estranho. O horário era às 14:00 horas, mas, o cara de pau chegou às 9:00 horas para pegar o almoço. - Precisava de um lugar para almoçar, como diz, me gozando.

Quando minha prima casou, estávamos com sete meses de namoro.

Mas, voltando ao primeiro dia dos namorados... Não tínhamos nem um mês de namoro, não nos conhecíamos ainda. Comprei um perfume e deixei guardado, para o caso de ganhar alguma coisa, aí teria como retribuir. Havia comentado com ele, algo sobre gostar de bichinhos de pelúcia. Ganhei um "trambolho" de um cachorro que não cabia em meu pequeno quarto, que dividia com minha tia-avó.

- Que lindo! - disse com cara de despontamento.

Retribuí com o presente que havia comprado. Depois de conhecê-lo melhor, descobri que ele não gostava de usar perfume.

Após três anos de namoro, subimos ao altar. Éramos ainda muito jovens e sem internet.

O amor não era virtual. Tinha que ter pegada; era face a face, de mão na mão, beijos no escurinho do cinema; dançar coladinho ao som de uma música romântica, ao invés de cada um para o seu lado ao som de um funk qualquer.

Sei que os mais jovens irão dizer: - que namoro da idade da pedra! - É assim que a minha filha diz; mas, eu digo que o amor não envelhece; é sempre jovem, será sempre romântico e repleto de poesia.

Em 12 de junho de 2014 iremos completar 34 "dia dos namorados" e eu ainda prefiro comprar o presente que ele vai me dar, para não ser surpreendida por um imenso cachorro de pelúcia, um jogo de manicure ou um colar de pedra roxa, quando havia "cantado" um de pedra azul.

Mas nesses 34 anos, ainda somos namorados, amantes, amigos, apaixonados.

Sem problemas? É claro que não! Mas, todos contornados pelo AMOR.

terça-feira, 20 de maio de 2014

PERDOA...

SE O AMOR TE FAZ CHORAR,
NÃO LIGUE...
SE A SAUDADE APERTAR,
NÃO CHORE...

DEIXA A VIDA TE ENSINAR,
QUE O AMOR QUE FAZ CHORAR
É BANHADO DE PRAZER
E DE DOR...

DEIXA O MUNDO LAMENTAR,
QUE A TRISTEZA QUE CAUSOU,
NÃO DESTRUIU SEU CORAÇÃO
PARA O AMOR...


SE A VERDADE MACHUCAR,
ACEITE...
SE O PERDÃO FOR LHE IMPLORAR,
PERDOA...

NÃO SE DEVE COMBATER
A VERDADE POR DOER,
POIS É ELA QUEM COMANDA
A VIDA...

E O PERDÃO FAZ ENTENDER,
QUE ALGUÉM QUE FAZ SOFRER,
TAMBÉM DEVE ENCONTRAR
UMA SAÍDA.

sábado, 17 de maio de 2014

PRÉ-ADOLESCÊNCIA

O meu mundo de alegria,
De sonhos e fantasia,
Está se transformando...
Deixei de ser pequenino,
Não sou mais o mesmo menino,
Meu corpo está se modificando.

Estou mais alto, estou mais magro,
Tenho pelos no sovaco,
Espinhas a me incomodar.
As meninas estão mais bonitas,
Deixaram os laços de fita,
Comecei a reparar.

Os brinquedos, eu deixei de lado;
Não estou mais interessado,
No “Patati-Patatá”.
Gosto mesmo é de vídeo game
E, de navegar na rede;
Mãe! Compra-me um celular?

Meu mundo está no meu quarto;
Lá, encontro o meu espaço,
Entre livros e DVDs.
Está meio bagunçado,
É quase o meu retrato;
Estou aprendendo a crescer!

MEU BARQUINHO DE SONHOS

Um dia, há muito tempo, fiz um barquinho de papel.
Dobrei com muito cuidado e levei-o até o rio.
Coloquei nele, todos os meus sonhos de criança,
Todas as fantasias, todas as esperanças.
Vi o barquinho descer o rio...
Esbarrou nos arbustos,
Ficou preso nas pedras,
Porém, conseguiu se soltar;
Não soltou meus sonhos,
Não os deixou afogar.
Até que o vento soprou fortemente,
E levou-o para bem longe;
E de longe, eu o vi descer a cachoeira...
Desapareceu o meu barquinho,
Na queda d’água se desmanchou;
E meus sonhos de criança,
A correnteza levou.

PONTO G II

Falar de amor...
Descrever o amor...
Presenciar o amor...
Sentir o amor...
Viver um grande amor!